As irmãs presentes no Brasil com os leigos da família carismática, no último mês de agosto, viveram uma experiência muito particular de comunidade itinerante. Eles próprios contam o que é e o que trouxe para suas vidas.
Queridas irmãs,
Colocamo-nos a escrever para partilhar o grande dom que o Senhor nos concedeu em viver a experiencia de comunidade intinerante como familia carismática.
As inquietações que há alguns anos brotavam em nossos corações nos impulsionou a escutar e praticar o apelo do XIII Capitulo Geral que nos convida a sair do eu para o nós: eu pessoa, comunidade, vida religiosa, leigos e colaboradores para o nós Familia Carismatica a serviço do povo que invoca coragem e esperança.
Assumindo o estilo do discernimento Comunitario, com erros e acertos, fomos conduzidas pelo Espirito a um amadurecimento humano, espiritual e congregacional para um caminho de aproximação e bem querer focando não somente na individualidade de cada comunidade mas na Familia Religiosa que em relação com os leigos nos capacitou a este maravilhoso salto na fé: Abertura e acolhida reciproca na diversidade dos dons e da vocação especifica – Familia Carismática.
Neste tempo de aproximadamente 50 dias, vivemos a experiência de Pentecostes: acolhida, comunhão, partilha, diálogo, respeito mútuo, espiritualidade, formação, flexibilidade e serviço. Vivemos a abnegação na simplicidade do cotidiano, apesar dos muitos empenhos vivemos com leveza, serenidade e alegria cada gesto e atitude.
As visitas e os serviços nos diversos ambitos (Pastoral, Social, Educativo, Formativo e Economico) nos fizeram tocar a nossa miseria humana para ser sinal de esperança e coragem para aqueles e aquelas que encontramos, dando a cada uma de nós a certeza de que é possivel viver o apelo do capitulo e saborear o “SER NÓS”.
Como em Pentecosntes hoje somos enviadas a retornar às nossas comunidade para testemunharmos na alegria o que neste tempo o Senhor em sua infinita misericordia nos proporcionou: Sermos Ursulinas do Sagrado Coração de Maria, vivendo como na primeira comunidade, a abertura a providencia divina que nos capacitou a acolher e deixarmo-nos acolher; na simplicidade, elegancia e leveza vivermos os apelos do cotidiano com Familia Carismática, onde todos se comprometiam com os afazeres mais simples e complexos, vivendo-os com paixão tentando poupar o esforço do outro. Uma verdadeira experiencia sinodal de fraternidade e corresponsabilidade.
Verdadeiramente o Senhor nos conduziu por caminhos que nunca teriamos imaginado e tudo, tudo nos concedeu! Por isso podemos testemunhar que a Novidade, nos espanta, assusta, nos tira de nossas estruturas e comodismo para abraçar o mundo segundo a vontade de Deus e para acolhermos os frutos que Ele nos oferece (leigos) e não os que desejamos!
Agradecemos a todas que se fizeram presentes com orações, mensagens, ligações, amizade e fraternidade. Afirmanos que valeu a pena e ficou o gostinho de queremos mais!
Abraços fraternos,
Irmãs Renata, Andreina, Antonia, Monica, Julia e Thereza
Temos então razão de estar alegres, agradecer a infinita bondade de Deus e nos animar mais ainda com grandes esperanças (M. Giovanna). Estes são os nossos sentimentos após esses dias de convivencia. Gratidão pela nossa união para assembleia, pelos momentos vividos com intensidade, pela proposta de uma organizão adequada às diferenças e diversidade, visto que a familia está crescendo em número e personalidades distintas, pelo espaço onde tivemos oportunidade de aproximação maior entre nós fraternos e irmãs, sentindo arder o apelo de uma passagem de convivencia à fraternidade, motivo de nos animar a grandes esperanças.
A convivência entre todos foram mais Graça divina do que dificuldades, cada um fez o esforço de peregrino da esperança para aprender viver comunitariamente e testemunhar alegria e gratidão do crescer humana e espiritualmente. Principalmente a convivencia com as irmãs, as quais abriram a porta da casa e do coração para nós leigos, de Cachoeiro de Itapemirim- ES, Ribeirão das Neves-MG, Volta Redonda-RJ e Boa Vista-RR, com personalidades e culturas diferentes, que tivemos que nos adaptar e viver o respeito mutuo às diversidades. Esses momentos em comum, foram ricos em aprendizagem, partilhas, formação, conversas gratuitas e oração. Ouvindo os mais experientes nos seus testemunhos de vida.
Durante a missão experimentamos as visitas mais diversas: pessoas doentes, marginalizadas, idosos. Oportunidade de por em prática o carisma do Cristo Servo, acolhendo os doentes, jovens carentes e marginalizados, mulheres em situação de prostituição, aprendendo que mesmo quem não tem nada, sempre tem algo a oferecer, como as mulheres em tratamento de cancer, que na sua dor nos deram exemplos de perceverança e fé. Quem vive a espiritualidade do Cristo servo na otica da substituição/solidariedade consegue confortar, apoiar sempre quem chega com mais fragilidade dando-nos motivos de esperança concreta: dar e receber nos ensinou o significado de experimentar o sentido de ser uma igreja em saida, de vivenciar o verbo “esperançar”, tão sonhado pelo nosso Papa Francisco. Os momentos de espiritualidade com Madre Giovanna em sua humildade e mansidão demostrou-nos que também nós somos capazes de viver o carisma do Cristo Servo, doando a própria vida fazendo visitas aos doentes, escutando aqueles que precisam e quem sabe, com um olhar, ser capaz de transmitir o amor que Deus tem por cada um de nós.
Com o sentimento de gratidão voltamos para casa com o coração esperançoso para colocar em prática o que pontuamos em comunhão com todos os fratenos e irmãs durante a assembleia e convivencia. Fazendo nossas as palavras de Madre Giovanna “observando o acontecer das coisas, reconheço ser sempre mais a mão de Deus que conduz tudo”.
Grupo Kár.In